O uso da nuvem e as oportunidades de economias e flexibilidade para organizações em seus sistemas de videovigilância
Conteúdo publicado originalmente no NetSeg.
Desde o seu surgimento no mercado mundial, as soluções de “cloud computing” ou computação em nuvem, não cessaram de evoluir com a oferta de novas tecnologias, plataformas e serviços, tornando-se cada vez mais uma alternativa incontornável para as organizações de todos os portes e tipos.
No Brasil, segundo análise da IDC (International Data Corporation), os gastos com os serviços de infraestrutura em nuvem atingirão 1,9 bilhão de dólares em 2022, com um crescimento de 36% em relação ao ano anterior. Na região da América Latina a projeção de crescimento dos investimentos em infraestruturas de TI em nuvem para os próximos anos é de aproximadamente 30%, e atingirão a cifra de 30 bilhões de dólares em 2025, segundo análise recente do BCG (Boston Consulting Group).
Esta forte tendência de crescimento justifica-se pelas inúmeras vantagens oferecidas por essa gama de soluções e faz com que atualmente a grande maioria das empresas e demais tipos de organizações privilegiem a adoção dos serviços em nuvem, migrando seus dados e aplicações para os datacenters dos provedores de nuvem, como Amazon, Google, IBM e Microsoft, entre outros mais.
E isso inclui obviamente os dados de seus sistemas de segurança patrimonial, com ênfase para a videovigilância, que requer opções avançadas de gestão e armazenamento de dados e que estão disponíveis nas ofertas de serviços na nuvem.
Neste artigo vamos percorrer alguns aspectos importantes para o entendimento das oportunidades de economias e flexibilidade, proporcionadas tanto pelas soluções de computação 100% em nuvem, como as híbridas, e de suas aplicações para os sistemas de videovigilância.
Vantagens da computação em nuvem para a videovigilância
Os sistemas de gerenciamento de vídeo conhecidos como VMS, do acrônimo “Video Management System” em inglês, constituem uma componente essencial dos modernos sistemas de segurança patrimonial nas organizações atuais. Entretanto, a implementação de uma infraestrutura de VMS, 100% em modo local, “On-Premise”, incluindo servidores, módulos de armazenamento e demais dispositivos de rede, exige um elevado orçamento para investimentos principalmente em hardware e software, além dos custos agregados relacionados aos espaço em salas técnicas, com climatização e eletricidade para sua instalação física, bem como, os custos para equipes técnicas altamente capacitadas, necessárias para realizar a instalação, manutenção, atualização e proteção contra ataques cibernéticos, entre outras despesas.
Com a computação em nuvem as organizações não necessitam mais planejar ou adquirir servidores e demais itens de infraestrutura de TI, com semanas ou meses de antecedência, pois os mesmos podem ser facilmente habilitados em função da demanda e do crescimento, em uma quantidade apropriada. Sob o prisma da gestão financeira o impacto dessa decisão pode ser considerável, pois os serviços de computação em nuvem permitem converter as despesas de investimentos em capital de infraestrutura, “CAPEX”, por despesas operacionais, “OPEX”, que proporcionam muito mais flexibilidade para a gestão empresarial.
O avançado gerenciamento proporcionado pelas soluções e equipes dos provedores de serviços de computação em nuvem, abrange aspectos importantes das estruturas física e lógica de TI, como os necessários cuidados com a segurança cibernética e com a alta disponibilidade dos dados, que exigem um elevado nível de especialização dos profissionais responsáveis por sua instalação, configuração e manutenção. Essa especialização, intrínseca na missão e objetivos desses provedores de serviços em nuvem, proporciona a disponibilização de funcionalidades evoluídas como a virtualização e a redundância, soluções e configurações avançadas de proteção contra os ciberataques, otimização de suas infraestruturas físicas para uma maior eficiência energética e com isso o aumento da sustentabilidade e redução dos impactos ambientais, entre outros inúmeros benefícios.
Todos esses atributos podem ser aplicáveis com vantagens, em diferentes segmentos de atuação, à título de exemplo, nas corporações de telecomunicações que necessitam proteger múltiplas torres de telefonia celular, em uma extensa área geográfica, a utilização de infraestruturas e serviços em nuvem possibilita simplificar consideravelmente a implementação dos sistemas de videovigilância. Nas torres de telefonia, as câmeras em rede transmitem diretamente os dados com as imagens para os datacenters em nuvem, e com isso localmente não há necessidade de instalação de outros equipamentos, como servidores e módulos de armazenamento. Nesse caso, quando há necessidade de expansão do número de torres e câmeras, a escalabilidade do sistema pode ser redimensionada sem complicações. Com a computação em nuvem, o espaço de armazenamento pode ser contratado e ajustado dinamicamente e esse aspecto pode representar um diferencial determinante para os sistemas de videovigilância de médio e grande porte, com algumas centenas e até milhares de câmeras.
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