03 a 05 de Setembro 2024
Distrito Anhembi | SP

Startup desenvolve sistema de reconhecimento facial através do DNA

A Startup isralense Corsight AI está desenvolvendo um sistema de reconhecimento facial, utilizando o DNA, para gerar o rosto de determinado indivíduo.

O sistema, de acordo com a startup, visa solucionar problemas relacionados à segurança pública. A startup israelense, especializada em reconhecimento facial, é uma subsidiária da Cortica, conhecida pelo desenvolvimento de inteligência artificial para carros.

“Um policial em uma cena de homicídio em que não há testemunhas oculares, nem registro de câmeras, motivos ou suspeitos, mas apenas um fio de cabelo na manga da jaqueta da vítima. Desse modo, o DNA das células de um filamento é copiado e comparado em um banco de dados, mas não há nenhuma correspondência e a investigação é encerrada”.

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Portanto, a Corsight revelou, dezembro do ano passado, o produto “DNA to Face”, visando obter financiamento de investidores americanos. De acordo com a startup, o sistema “constrói um perfil físico ao analisar materiais genéticos coletados em uma amostra de DNA”.

O foco da startup, de fato, é aplicar o sistema de reconhecimento facial pelo DNA em áreas da segurança pública. Aliás, o conselho da subsidiária é formado pelo ex-diretor da CIA, James Woolsey, e por um diretor assistente do FBI.

Entretanto, especialistas do ramo consideram tal possibilidade algo cientificamente inalcançável. Isso porque a ciência para sustentar esse sistema ainda não existe. Além disso, especialistas consideram que o produto iria causar problemas ainda maiores na tecnologia de reconhecimento facial nos sentidos éticos, de privacidade e de vieses.

Outro fator consideravelmente preocupante é que o sistema de reconhecimento facial, utilizando o DNA, denota as ambições da indústria para o futuro. Ou seja, tecnologias de reconhecimento facial se tornarão apenas mais um instrumento para ampliar a detecção e monitoramento de pessoas através de qualquer meio.

Donald Maye, diretor de operações da IPVM, a maior firma de pesquisa sobre tecnologias de segurança, afirmou que “antes da apresentação [da Corsight], a IPVM não sabia da existência de nenhuma tentativa por parte de alguma startup em comercializar um produto de reconhecimento facial associado a amostras de DNA”.

Esta é uma curadoria da RX Brasil sobre sistema de reconhecimento facial através do DNA. Para continuar lendo, acesse o site da Revista Segurança Eletrônica.